O Museu Eugênio Teixeira Leal convida para a exposição Maria Quitéria, Heroína Baiana. A montagem presta homenagem à Independência da Bahia e a ocasião dos 220 anos de nascimento de Maria Quitéria.
Nos últimos anos o Museu Eugênio Teixeira Leal, tem realizado montagens de exposições sobre a Independência da Bahia todo mês de julho sob a supervisão da Museóloga Cheryl Braga Sobral, desta forma, o Museu que também é conhecido como Museu do Dinheiro, promove a História da Bahia para que o povo baiano e turistas conheçam ou relembrem os eventos e as personalidades históricas ligadas à Independência da Bahia.
A montagem apresenta peças do acervo permanente como medalhas e condecorações, destaque para a espada que pertenceu à Maria Quitéria.
O Quê: Exposição Maria Quitéria, Heroína Baiana
Quando: 03/07 à 02/08/2012, de terça a sexta, das 9h às 18h, sábado e domingo, das 13h às 17h.
Onde: na Galeria Francisco Sá, 1º andar, no Museu Eugênio Teixeira Leal, rua do Açouguinho, nº01 Pelourinho, Centro Histórico de Salvador.
Acesso: gratuito
Contatos para informações: 3321-8023/9551 metl.museografia@gmail.com
Contatos para agendamentos de grupos: 3321-8023 / 9551 museueugenioeducativo@gmail.com
Maria Quitéria, Heroína Baiana
Maria Quitéria de Jesus Medeiros é
considerada a heroína da independência da Bahia, nasceu no dia 27 de julho de
1792, no Sítio Licorizeiro em São José das Itapororocas que fazia parte da
comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, em 1832 foi
desmembrado e tornou-se sede de Feira de Santana até 1840.
Em 1822, quando iniciaram as lutas no Recôncavo
Baiano pela independência, Maria Quitéria fugiu de casa vestida com o uniforme
militar do cunhado, José Cordeiro de Medeiros, de quem adotou o nome e patente
ficando conhecida como "soldado Medeiros". Algumas semanas depois foi
descoberta e transferida para o Batalhão dos Periquitos.
Após a guerra, Maria Quitéria foi condecorada pelo
imperador D. Pedro I, no Rio de Janeiro, com a insígnia dos Cavaleiros da
Imperial Ordem do Cruzeiro.
"A Imperial Ordem do Cruzeiro foi criada por decreto em 1822 para comemorar a aclamação, sagração e coroação de D. Pedro I. É composta de: Placa de Grão-Cruz, Insígnia de Comendador e Insígnia de Cavaleiro, todas feitas em ouro e esmalte. "
Foto: Paulo Scheuenstuhl
Quando voltou
para a Bahia, levou uma carta do Imperador a seu pai, pedindo que perdoasse
a desobediência da filha. Maria Quitéria se casou com o lavrador Gabriel Pereira de Brito, com
quem teve uma filha chamada Luísa Maria da Conceição.
A heroína baiana faleceu aos 61 anos, no dia 21 de
agosto de 1853, em Salvador, para onde havia se
mudado com a filha após ficar viúva. Maria Quitéria morreu quase cega e desconhecida, apesar de ter sido a primeira mulher no Brasil a entrar para o
exército e lutar bravamente.
Devido ao ano do centenário de
sua morte, o então Ministro da Guerra determinou que em todos os
estabelecimentos, repartições e unidades do Exército fosse inaugurado, em 21 de
agosto de 1953, o retrato da insigne patriota. O retrato de corpo inteiro
mais conhecido da heroína foi pintado por Domenico Failutti - 1920. Presenteado pela Câmara Municipal de
Cachoeira. A obra integra atualmente o acervo do Salão Nobre do Museu Paulista, em São Paulo.
Em 28 de junho de 1996, um decreto
do presidente Fernando Henrique Cardoso reconheceu Maria Quitéria como Patrono
do Quadro Complementar de Oficiais do Exército Brasileiro, uma das poucas
divisões do Exército que aceitam integrantes do sexo feminino.
Maria Quitéria é homenageada
por uma medalha militar e por uma comenda com o seu nome, na Câmara Municipal
de Salvador.
A Câmara Municipal de Feira de Santana instituiu a Comenda Maria Quitéria, para
distinguir personalidades com reconhecida contribuição à cidade e construiu um
monumento na cidade, no cruzamento da avenida Maria Quitéria com a Getúlio
Vargas em homenagem à heroína.
Monumento a Maria Quitéria, cruzamento das avenidas Getúlio Vargas e Maria Quitéria - Feira de Santana, BA.
Estátua “Maria Quitéria de Jesus, Soldado Medeiros", de José P. Barreto (21 de agosto de 1953 - inauguração). Rua Lima e Silva - Praça da Soledade, Bairro da Liberdade, Salvador, BA (ao lado da Igreja N. Sra. da Soledade).
Foto: Marco Aurélio Martins | Agência A Tarde
Maria Quitéria: Monumento ao 2 de Julho, na Praça do Campo Grande (Salvador, Bahia).
Maria Quitéria: detalhe no Monumento ao 2 de Julho, na Praça do Campo Grande (Salvador, Bahia).
Condecoração do Centenário de Maria Quiteria de Jesus 1853 - 1953
País: Brasil.
Marca do Fabricante: Casa da Moeda do Rio.
Metal Bronze
Medalha - 35mm
Catálogo de Medalhas da Republica de Kurt Prober pag. 126 - 22B
Referências:
CALMON, Pedro. Quatro Séculos de História da Bahia - Cidade do Salvador, em 1949. Salvador: Tipografia Beneditina LTDA, 1949.
CULTURA, Secretaria de Educação. Aspectos do 2 de Julho, 150 anos de Independência da Bahia. Salvador: Secretaria de Educação e Cultura, 1973.
TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia / Luís Henrique Dias Tavares. Salvador: Correio da Bahia, 2000.
Sites:
Biblioteca Virtual
Feira Hoje
Jeito Baiano
Maria Quitéria E- Biografias
Mulher Governo
Patrimônio de Salvador
PROGRAMAÇÃO
MUSEU EUGÊNIO TEIXEIRA LEAL